O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
Depois de reiniciar as obras no maior aeroporto do país na semana passada, em Guarulhos-SP (GRU), a gaúcha Aeromóvel Brasil, a mesma do monotrilho do Salgado Filho, em Porto Alegre, deu a largada para o seu primeiro cliente internacional.
Na sexta-feira (3), foi aprovada e assinada, na província de Alajuela, na Costa Rica, a autorização para que a empresa comece os estudos técnicos e de viabilidade para a instalação de quatro quilômetros de trilhos na América Central.
Com base no custo médio por quilometro, fixada em R$ 100 milhões, o investimento deve ser de, pelo menos, R$ 400 milhões. A ideia, comenta o CEO da Aeromóvel Brasil, Marcus Coester é concluir essa etapa até setembro.
O traçado prevê uma conexão entre o principal terminal internacional daquele país — Juan Santamaría (SJO) — até a região central de Alajuela, 18 quilômetros distante da capital São José.
Coester reconhece semelhanças de propósitos com o projeto de Guarulhos. A diferença, explica, é que no aeroporto de São Paulo a contratação foi feita pela iniciativa privada, por meio da concessionária. Na Costa Rica será uma pública, dentro do guarda-chuva da estatal nacional do setor, a Incofer, pois é uma melhoria de mobilidade urbana, e não um serviço do terminal.
Aliás, desde 2018, o SJO, é gerido pela CCR, que naquele ano investiu R$ 60 milhões para chegar a 97% de participação na holding que dividia com o governo. No Brasil, a CCR atua em 20 concessões, dentre as quais: Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Navegantes (SC), Goiânia (GO), Palmas (TO), Teresina (PI) e São Luís(MA).
No Rio Grande do Sul, o Grupo opera nos terminais regionais de Uruguaiana, Bagé e Pelotas. O CEO da Aeromóvel comenta que assim como nos empreendimento nacionais, a ideia é levar o sotaque gaúcho na cadeia de produção que conta com a Marcopolo, de Caxias do Sul, nos Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), assim como a vizinha Randon, com o fornecimento de material de rodagem, entre outras.
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