É no Rio Grande do Sul que a Petrobras está começando a testar a adição de 10% de biodiesel também no combustível para navios, chamado de bunker.
No sábado, último dia de 2022, a embarcação Darcy Ribeiro, da Transpetro, foi abastecida com uma mistura desse derivado específico de petróleo com biocombustível no Porto de Rio Grande, no sul do Estado. O objetivo é avaliar por dois meses o uso do produto.
A gestão atual da Petrobras projeta investir R$ 4,4 bilhões em quatro anos em projetos focados na transição energética. Esse número pode ser revisto pela nova administração da estatal, que deve começar assim que os nomes indicados sejam aprovados nos processos internos.
Conforme o gerente-executivo de comercialização no mercado interno da Petrobras, Sandro Barreto, a estatal trabalha em uma nova geração de produtos e combustíveis mais eficientes e com menores emissões de gases de efeito estuda, "em sintonia com as demandas da sociedade".
— O desenvolvimento do bunker com conteúdo renovável é um exemplo do nosso comprometimento com a transição para um futuro de baixo carbono — afirmou o executivo em nota.
Em relação ao bunker puro, a adição de 10% de biodiesel permite reduzir cerca de 7% nas emissões de CO2. Testes feitos no laboratório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) não identificaram problemas na mistura. Existe uma meta setorial, definida pela International Maritime Organization (IMO), órgão da ONU responsável pelas medidas de melhoria da segurança no transporte marítimo e prevenção da poluição de navios, é reduzir, até 2050, as emissões de gases do efeito estufa do setor em, pelo menos, 50 % (em relação a 2008).
* Colaborou Camila Silva