No mesmo dia em que apresentou a lista de devedores que soma R$ 41,2 bilhões - dos quais R$ 39 milhões só com três grandes fornecedoras gaúchas - Em comunicado, a Americanas informou nesta quarta-feira (25), que o BlackRock, maior fundo de investimentos do mundo, passou a ter apenas 0,115% das ações ordinárias e 0,36% de derivativos da rede varejista.
Até agora, o BlackRock era um dos acionistas votantes - que participam das decisões estratégicas - da Americanas, com participação de 5,04% na composição acionária.
A saída dessa gestora de origem americana que tem liderado movimentos na direção das práticas ESG (governança corporativa, social e ambiental) é um sinal da perda de prestígio da varejista brasileira dentro e fora do país. Neste mês, o BlackRock atingiu US$ 10 trilhões de recursos sob sua gestão em todo o mundo.
No site do BlackRock, o fundo publica a seguinte declaração: "Nossa reputação de integridade é um dos nossos ativos mais importantes. Mantemos padrões que atendem não só às exigências de leis e regulamentos aplicáveis, mas também a nossos princípios que têm como base a superação das expectativas de nossos clientes". O cruzamento das duas informações fala por si só.
O comunicado da Americanas
A Americanas S.A. – Em Recuperação Judicial (“Americanas” ou “Companhia”), em atendimento ao art. 12, da Resolução da CVM n. 44/21, divulga o comunicado anexo, recebido da BlackRock, Inc. (“BlackRock”), na qualidade de administrador de investimentos, informando que as participações societárias detidas pela BlackRock alcançaram, de forma agregada, 1.038.566 ações ordinárias, representando aproximadamente 0,115% do total de ações ordinárias de emissão da Companhia e 3.254.095 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando aproximadamente 0,360% do total de ações ordinárias de emissão da Companhia, o que corresponde a menos de 5,00% do total de ações ordinárias da Companhia nesta data.
