Personagem que foi o epicentro do terremoto que envolve a Americanas, Sergio Rial publicou um texto na rede social profissional LinkedIn (leia o original clicando aqui) em que relata como foi a descoberta das "inconsistências" de R$ 20 bilhões.
Conforme Rial, a informação surgiu de executivos que ficaram na empresa depois que ele assumiu, há apenas 15 dias:
"Coube-me, como executivo-líder, primeiro entrevistar executivos remanescentes, questionar e entender quaisquer preocupações e novas perspectivas. Nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e, com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos, conjuntamente com o novo CFO (diretor financeiro), Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade!"
Como nos últimos dias havia dúvida no mercado sobre quanto Rial já sabia sobre a situação da Americanas antes de assumir o cargo, foi uma forma de responder a essa interrogação:
"Quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades. Eu jamais transigiria com a minha biografia."
Ainda segundo o executivo, com a "conclusão do diagnóstico inicial, surgiu a necessidade premente de correção de rota". E afirma que a forma de comunicação ao mercado - considerada muito diferente da ideal pela ex-diretora da CVM Luciana Dias - teve apoio do conselho de administração (CA) e dos acionistas de referência. Sobre sua saída, afirma que "decorre do entendimento da necessidade de abrir espaço para que a empresa pudesse se reestruturar de um ponto de partida totalmente distinto do que eu esperava encontrar":
"É preciso saber o momento de se posicionar dentro de um novo contexto que se apresenta. Foi o que fiz, sem me descomprometer em ajudar no que estivesse ao meu alcance. Essa é a minha terceira reflexão. Vou, portanto, neste momento, continuar a contribuir com minhas capacitações, experiência, seriedade e transparência, seguindo sempre as premissas que nortearam toda minha trajetória profissional e pessoal."