Ao atualizar o ranking dos PIBs mundiais, o Banco Mundial oficializou que o crescimento de 4,6% em 2021 deixou o Brasil em 12º lugar global (veja o ranking clicando aqui) .
Considerando que o Brasil já ocupou a sexta colocação (veja registro clicando aqui) empatado com o Reino Unido, em 2011, é uma notícia ruim. Mas ao menos não confirmou o temor de que poderia perder mais uma posição e ficar em 13º, abaixo da Austrália.
O PIB do Brasil em 2021 foi de US$ 1,61 trilhão (R$ 8,7 trilhões pelo câmbio de hoje). Há vários rankings de PIB, mas o do Banco Mundial é considerado o de maior credibilidade, exatamente pelo alcance da instituição, que acompanha o desempenho das economias de forma direta na maior parte dos países.
Em 2011, uma respeitada consultoria britânica chegou a anunciar que o Brasil tinha ultrapassado o Reino Unido, mas o dado do Banco Mundial foi de empate, considerado o câmbio de mercado. Pelo critério de paridade de poder de compra, ficou em sétimo. Neste ano, a instituição alertou que os dados sobre os PIBs de Rússia e Ucrânia são baseados em estatísticas oficiais dos órgãos nacionais, mas adverte que, ao confiar nessas informações, "não pretende fazer qualquer julgamento sobre a situação de territórios" em disputa.
Um dos motivos para a perda de posições do Brasil é a desvalorização do real ante o dólar, assim como a forte recessão de 2014 a 2016 e a falta de velocidade de crescimento nos anos seguintes. A pandemia não pode ser incluída entre os motivos da queda porque atingiu todos os países.
Os Estados Unidos mantiveram sua posição de liderança, com PIB de quase US$ 23 trilhões, mas a China se aproximou, com seus US$ 17,73 trilhões. Todos os demais países têm geração anual de riqueza abaixo dos dois dígitos de trilhões. Havia o risco de que a Austrália ultrapassasse o Brasil com os resultados de 2021, mas o valor em dólares da atividade econômica do país da Oceania ficou em US$ 1,54 trilhão, mantendo o Brasil no 12º posto.
Para 2022, é possível que o Brasil suba uma posição nesse ranking. Não por um crescimento extraordinário previsto para o país, mas devido à esperada recessão na Rússia, provocada pela guerra contra a Ucrânia e as consequentes sanções econômicas. A estimativa do Instituto de Finanças Internacionais é de um tombo de 15%, mas existem projeções superiores a 30%. Até agora, as previsões mais otimistas para o PIB brasileiro é de expansão de 2%.
Os 12 primeiros
1. Estados Unidos: US$ 22,99 trilhões
2. China: US$ 17,73 trilhões
3. Japão: US$ 4,94 trilhões
4. Alemanha: US$ 4,22 trilhões
5. Reino Unido: US$ 3,19 trilhões
6. Índia: US$ 3,17 trilhões
7. França: US$ 2,94 trilhões
8. Itália: US$ 2,1 trilhões
9. Canadá: US$ 1,99 trilhão
10. Coreia do Sul: US$ 1,80 trilhão
11. Rússia: US$ 1,78 trilhão
12. Brasil: US$ 1,61 trilhão