Parte das sanções econômicas contra a Rússia, países europeus começam a confiscar bens de luxo de oligarcas russos.
Nesta quinta-feira (3), a França confirmou a apreensão do Amore Vero, nome do iate de Igor Sechin, presidente da Rosneft, que já havia perdido a parceria da gigante britânica BP.
A embarcação de 85 metros de comprimento (quase uma quadra) foi interceptada em La Ciotat, no sul da França, perto de Marselha. Nas redes sociais, o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire - o mesmo que chama a exclusão do Swift de "arma nuclear das sanções econômicas -, agradeceu à alfândega francesa e afirmou que "o barco estava sendo preparado para zarpar com urgência".
Também chegou a circular a informação de que um dos maiores iates do mundo, o Dilbar, com 156 metros de comprimento (uma quadra e meia), de Alisher Usmanov, teria sido apreendido em Hamburgo, na Alemanha. No entanto, o jornal britânico The Guardian citou um porta-voz da cidade alemã afirmando que "nenhum iate" havia sido confiscado.
Mas a embarcação, avaliada em cerca de R$ 3 bilhões (sim, com "b" de bola, o equivalente a US$ 600 milhões), também não está disponível para seu proprietário, que concentra suas atividades em negócios de metalurgia e mineração. É maior acionista da Metalloinvest, um conglomerado de empresas russas. Foi citado como "um dos oligarcas preferidos" do presidente russo, Vladimir Putin. Conforme o relato do Guardian, não há planos de entregar o iate a Usmanov.
A União Europeia listou 19 pessoas e 47 parentes atingidos por sanções em uma primeira rodada, depois acrescentou 26 indivíduos e entidades (clique aqui e role até a tabela para ver), com justificativa para cada uma das sanções.