O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
No dia 29, passam a valer as regras do marco legal das startups. Entre críticas e avanços, a Lei Complementar 182/2021 chega em boa hora e facilita o acesso dos empreendedores aos investidores em potencial.
A Associação Brasileira de Startups (Abstartups), mapeou 10,4 mil startups registradas no país – 952 são gaúchas. A mesma base aponta que 41% encontram-se à espera do chamado investimento de tração. Ou seja, precisam de dinheiro para a expansão.
Isso em um cenário que consolidou aportes superiores a R$ 11,3 bilhões em 2021, segundo o portal Startupi. O marco trará mais segurança aos investidores pessoa física e ampliará modalidades de captação e acesso aos mercados institucionais.
Em paralelo, também crescem as expectativas de regulação para o mercado secundário. O diretor executivo da Ventiur, primeira aceleradora do Sul do país, Sandro Cortezia, explica que, de fato, a liquidez ainda é um limitante para os investimento.
Segundo ele, a negociação secundária criaria uma espécie de bolsa de valores de startups. Enquanto isso, comenta que a empresa buscou e obteve autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para captar investidores pessoa física por meio de Equity Crowdfunding, 100% online. A ideia é multiplicar oportunidades e popularizar os investimentos. Agora, é esperar e avaliar as reações do mercado.