Depois de ter definido o preço mínimo de 51% das ações da Sulgás, de R$ 927.799.896,55, nesta sexta-feira (20), o governo do Estado publicou o edital de privatização da empresa (leia a íntegra clicando aqui), que prevê realização do leilão para 22 de outubro.
As propostas poderão ser entregues até o dia 18. Como a coluna já explicou, os outros 49% da empresa gaúcha de distribuição de gás natural, que pertenciam a uma subsidiária da Petrobras, já foram privatizados: no final de julho, a Gaspetro foi vendida para a Compass, empresa da gigante Cosan.
A Compass, portanto, é uma das potenciais interessadas na compra da Sulgás, porque faria todo sentido integralizar a compra da distribuidora. Ao menos uma competidora tem se apresentado quase publicamente: a Ultrapar, que deve concluir as negociações da compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) até o final de outubro, já indicou que tem interesse também na aquisição de "distribuidoras estaduais de gás natural". Para analistas, a Sulgás seria uma escolha óbvia, não só por estar disponível em poucos meses mas, especialmente, por representar ganhos potenciais de sinergia na operação no Estado.
Na avaliação feita por dois consórcios contratados pelo BNDES, o valor total da Sulgás foi estipulado em R$ 1,819 bilhão. Conforme a apresentação feita na audiência pública de privatização da estatal, feita pelo presidente da Sulgás, Carlos Colón, o lucro médio da empresa nos últimos anos ficou entre R$ 70 milhões a R$ 80 milhões. Desse total, o Estado fica com cerca da metade, entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões.