O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Com foco na região norte do Estado, o Grupo Ergon - que atua no setor de energia - está iniciando suas operações no Rio Grande do Sul. Por meio da empresa Gedisa Energia, especializada em administrar cooperativas de consumo de geração distribuída (GD), o grupo passa a oferecer seus serviços aos clientes gaúchos. O investimento no Estado é de R$ 6 milhões.
Regulamentada desde 2012 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a modalidade de geração distribuída permite que os consumidores produzam energia para consumo próprio ou consumam de uma geradora local pelo mecanismo de compensação de energia elétrica.
Essa compensação serve para consumidores que usam a energia gerada para abater o seu consumo de energia elétrica. A energia da geração distribuída é válida para fontes sustentáveis, como a energia solar, eólica e usinas hidroelétricas.
Para facilitar o entendimento sobre o serviço, a empresa explica que é como se um consumidor comprasse direto do produtor um alimento, sem ter a necessidade de pagar os custos adicionais ao distribuidor do produto.
— A prática da geração distribuída abriu portas para a geração compartilhada através de três modalidades diferentes: condomínio, consórcio e cooperativa. Essas modalidades permitem que vários consumidores se reúnam com o objetivo de gerar sua própria energia através de uma usina geradora, ou no caso de não ter uma geradora própria, com o arrendamento de um espaço de produção — explica Wolney Pereira, CEO da Gedisa Energia.
De acordo com informações da Gedisa Energia, para empresas de pequeno e médio porte, incluindo o setor de comércio, como mercados e salões de beleza, o desconto gira em torno de 20% do valor da conta de luz.
Como funciona o serviço
Para contratar essa modalidade é necessário ser consumidor um categorizado como "B" na conta de luz. Em seguida, é preciso se tornar um cooperado. Para isso, há administradoras de cooperativas, como a Gebisa Energia. A empresa fica responsável por todo o processo.
Segundo Miguel Segundo, diretor técnico da Gedisa, ao se tornar um cooperado, a empresa não tem custo nenhum custo ou investimento algum em estrutura física.
A distribuição segue pela distribuidora local de energia do Estado e a compensação é feita por créditos de energia entre geradora e distribuidora.
— A diferença fica no modelo de pagamento, que passa a ser com duas faturas de energia, sendo uma com o desconto compensatório. Porém a administradora faz todo o trabalho de coordenar a operação de energia junto às cooperativas — detalha.
* Colaborou Camila Silva