O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Para auxiliar os microempreendedores de Porto Alegre, o Santander Brasil inaugurou no bairro Restinga, na zona sul da Capital, o seu programa de microcrédito, o Prospera. Inspirado no programa Grameen Bank, criado pelo Nobel da Paz Muhammad Yunus, o projeto "leva" o banco até quem está precisando de apoio.
Desde o início do mês, os agentes do Prospera estão circulando as ruas da Restinga para acelerar a implementação do projeto na região. Segundo informações do Santander, o projeto abrange pequenos negócios formais ou informais.
Já nos primeiros dias, foram cerca de 50 créditos concedidos somente para empreendedoras mulheres. Até o final do ano, a meta é chegar a outros bairros com grande circulação de pequenos negócios.
Segundo estudo da prefeitura Porto Alegre, a Capital tem cerca de 219 mil microempreendedores. No ano passado, o Brasil ultrapassou a marca de 11 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), de acordo com dados do Portal do Empreendedor.
O superintendente executivo da Rede Sul do Santander Brasil, Vitor Hugo Magni D Avila pontua que a promover a inclusão financeira e fortalecer o empreendedorismo são os objetivos do projeto desde 2002.
Desde o lançamento do programa, cerca de 1 milhão de pessoas foram beneficiadas. Entre os clientes, a média de idade é entre 25 e 45 anos, sendo 70% são mulheres.
Somente no ano passado, o Santander concedeu R$ 2,5 bilhões em microcrédito no país, ante R$ 2,1 bilhões em 2019, o que representa uma alta de 19%.
— É por meio desta unidade de negócios que o Santander Brasil se faz presente em comunidades com grandes contingentes desbancarizados e fala pessoalmente com quem quer prosperar, mas sofre por não ter acesso a crédito e a serviços financeiros — afirma D Avila.
A liberação de crédito para os microempreendedores é considerado pelo banco como um dos motores da retomada econômica no país. Segundo dados da empresa, R$ 1 concedido em crédito transforma-se em R$ 4,70 na economia local e cerca de 70% dessa renda continua circulando na mesma região.