O leilão do Bloco Sul, formado por nove aeroportos, três dos quais no Rio Grande do Sul, não terá participação da Fraport, operadora do Salgado Filho.
A empresa alemã confirmou essa informação à coluna no início da manhã desta quarta-feira (7), poucas horas antes da abertura da propostas na bolsa de valores, a B3.
Em compensação, a Zürich, que opera o aeroporto de Florianópolis, respondeu à mesma consulta feita pela coluna dizendo que só comentaria o leilão depois de sua realização, o que é um indício de que vai fazer oferta. É a resposta-padrão das empresas que participam da disputa.
A Zürich é parceira da CCR no bloco de controle do aeroporto de Confins, em Minas Gerais, que serve a Belo Horizonte. A empresa suíça tem 12,5%, a CCR tem a maior fatia, de 38,5%, e a Infraero permanece com 49%. A CCR foi apontada pelo BTG Pactual como uma das favoritas para os leilões de aeroportos. A resposta da empresa à consulta da coluna foi semelhante à da Zürich, também característica à das que pretendem se candidatar. O Bloco Sul é considerado o mais atrativo dos três grupos de terminais aéreos.
Os "filés" do Bloco Sul, reconhecem empresários gaúchos que acompanham a movimentação relacionada ao leilão, são os aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu e Navegantes. Na lógica com que o Ministério da Infraestrutura, elogiada por técnicos e empresários, os terminais de Bagé, Pelotas de Uruguaiana seriam o "osso", ou seja, a parte da concessão menos rentável para os investidores.
Embora não esteja descartada participação de outros grupos, faz sentido estratégico que uma operadora já instalada no Sul arremate o bloco concentrado na região. Conforme informações do Ministério da Infraestrutura, há garantia de ofertas para todos os 28 ativos da InfraWeek, que prevê leilões de concessão desta quarta até sexta-feira (9).