A crise na construção civil parece ter acabado, especialmente no segmento de alto padrão. Foi durante a pandemia que a Cyrela Goldsztein vendeu um apartamento de R$ 6,7 milhões no edifício Yoo, com decoração da grife do designer Philippe Starck e do empreendedor John Hitchcox. Houve um pequeno desconto em relação ao valor original, de R$ 7,3 milhões, porque o imóvel ainda não está 100% pronto para a entrega.
Conforme Rodrigo Putinato, diretor regional da construtora no Sul, os negócios começaram a melhorar em junho, que teve vendas 30% maiores do que o mesmo mês de 2019, agosto foi o melhor mês do ano, e deve ser superado por setembro.
Neste ano, a empresa planeja somar R$ 600 milhões em valor geral de vendas (VGV) com lançamentos no Estado. Para 2021, pretende quase dobrar o valor e alcançar R$ 1 bilhão. Esse crescimento será parcialmente sustentado por três IPOs (oferta pública inicial de ações) feitos apenas um trimestre por empresas ligadas à Cyrela nacional. Foram captados R$ 2,8 bilhões por Lavvi (alto luxo), Plano & Plano (habitação popular em São Paulo) e Cury (habitação popular em São Paulo e Rio).
Conforme Miguel Maia Mickelberg, ditor financeiro da Cyrela, parte dos recursos entrou no caixa nas empresas diretamente envolvidas, parte foi para a holding, que assim pode reforçar sua atuação por meio de todas as unidades, inclusive no Sul. Segundo o executivo gaúcho, como janelas para fazer abertura de capital "não foram muito frequentes", a decisão foi aproveitar o momento e fazer todas de um vez.
O que é possível comprar pelo mundo com R$ 6,7 milhões
Roma: apartamento de 130 metros quadrados, com dois banheiros e dois dormitórios, perto do Coliseu
Paris: apartamento de 65 metros quadrados, com dois banheiros e dois dormitórios, perto da Torre Eiffel
Nova York: apartamento de 56 metros quadrados, com um banheiro e um dormitório, perto de Wall Street
Mônaco: studio de 23 metros quadrados com um banheiro, no bairro Jardin Exotique