O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A valorização de produtos do Vale do Caí move um projeto que ganha fôlego ao longo da pandemia. Criada em Montenegro, a Caixinha do Vale é uma aposta de empreendedores na venda de itens diversos da região, de sucos e cervejas a geleias e grãos. Como o nome indica, as mercadorias são reunidas em caixas de madeira e, em seguida, encaminhadas para os clientes.
A ideia surgiu no fim de 2019 e, aos poucos, vem se espalhando por outras regiões gaúchas. O economista Tomás Agnezi, um dos fundadores do projeto, relata que, no Dia das Mães, 50% das vendas foram realizadas na Capital.
— Pegamos os produtos e fomos para Porto Alegre. Temos muitos amigos na cidade. Ficamos umas sete ou oito horas entregando as caixinhas (risos) — lembra Agnezi.
Agora, a iniciativa também mira no ramo corporativo. Recentemente, cerca de 200 caixinhas foram enviadas para uma empresa no Litoral.
— Estamos na segunda fase do projeto. Passamos a receber pedidos para fornecer em grande escala para empresas. Muitas querem dar brindes ou não farão festas de confraternização no final do ano, devido à pandemia. A caixinha é uma forma de estarem próximas das pessoas — aponta Agnezi.
A iniciativa aceita pedidos via Instagram, site e telefone. Parte dos recursos alcançados com as vendas corporativas deve ser destinada a um fundo apelidado de Enchentômetro. A ideia é que esse dinheiro seja repassado a entidades para auxiliar quem sofre com enchentes no Vale do Caí. As cheias representam um dos problemas recorrentes na região.