O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Mesmo com a turbulência vivida pelo mercado financeiro em 2020, a aposta na bolsa de valores de São Paulo (B3) segue em alta. Em março, o Rio Grande do Sul tinha 107 mil investidores que aplicavam na B3. Em dezembro de 2019, eram 80 mil. Ou seja, o número cresceu 33,8% no primeiro trimestre.
Uma das explicações para o aumento é o juro básico no menor nível histórico do país. Com a Selic em baixa, aplicações de renda fixa, como a caderneta de poupança, tornam-se menos atrativas, o que pode estimular a busca por opções de renda variável, como ações de empresas.
A entrada na bolsa, entretanto, exige cautela, já que as operações embutem riscos. Procurar suporte de especialistas no mercado financeiro pode evitar prejuízos.
Em 2020, o índice Ibovespa, que mede o desempenho das principais companhias na bolsa, acumula queda de 29%. Começou o ano em 115 mil pontos, mas, devido a uma série de tensões políticas e econômicas, baixou para a casa dos 80 mil.
Na sexta-feira (22), encerrou a sessão em 82,1 mil pontos. Os efeitos do coronavírus e a crise política que atinge o governo Jair Bolsonaro seguirão no radar do mercado.
Em março, 1,9 milhão de pessoas aplicavam na B3, com total de 2,4 milhões de contas – um investidor pode estar registrado em mais de uma corretora. São Paulo (729 mil) tinha o maior grupo, seguido por Rio de Janeiro (214 mil), Minas Gerais (180 mil) e Paraná (117 mil). O Rio Grande do Sul era o quinto da lista.