A expectativa era de que o governo federal anunciasse as regras de socorro às companhias aéreas, que tiveram grandes perdas cm a interrupção de voos durante a pandemia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, até falou sobre o assunto em uma reunião com representantes do setor de serviços, mas só adiantou que a injeção de recursos se dará por meio da compra temporária de parte das empresas.
– Vamos comprar um pedaço e depois vender – afirmou.
Como Guedes nem sempre é literal, há duas versões sobre como se dará a ajuda, se por meio da compra de debêntures (títulos de dívida privada) ou debêntures conversíveis, que permitem, de fato, tornar-se sócio da empresa em caso de falta de pagamento.
Apesar do adiamento da solução, o mercado se animou com o sinal do ministro. As ações da Azul subiram 12,3%, e as da Gol, 8,8%.Também chamou atenção a declaração de Guedes que tem uma solução para não deixar a conta da crise para ser paga pelas próximas gerações. Analistas interpretaram que pode se tratar de venda de reservas internacionais ou de aproveitamento do ganho do Banco Central com a valorização do dólar.