O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Celebrado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o dólar em nível mais alto não chega a animar representantes do setor de turismo. Presidente da Abav-RS, que reúne as agências de viagens no Estado, Lucia Hoffmann Bentz afirma que o câmbio mais elevado impacta desde visitas a destinos internacionais quanto deslocamentos dentro do país.
Neste ano, o dólar vem ganhando fôlego em relação a diferentes moedas no mundo — entre elas, o real. Quando a moeda americana sobe, pode encarecer combustíveis e, consequentemente, passagens aéreas no Brasil.
— O dólar alto tem reflexo em tudo. Afeta tanto viagens internacionais quanto dentro do país, já que parte dos hotéis no Brasil é de bandeiras globais — diz a presidente da Abav-RS.
Apesar de a moeda americana ter disparado na largada do ano, Lucia pondera que clientes que desejar ir ao Exterior têm mantido o interesse pelos pacotes. Segundo a dirigente, com o dólar alto, o público vem fazendo mais comparações em busca de ofertas atrativas.
Na quarta-feira (12), Guedes causou polêmica ao indicar que o câmbio elevado seria vantajoso para toda a economia brasileira. No mesmo discurso, disse que, com o dólar mais baixo, "empregada doméstica estava indo para Disney", despertando uma enxurrada de críticas.