No dia em que os mercados financeiros respiram aliviados diante de, ao menos, um dia de pausa na tensão que crescia desde a semana passada no Oriente Médio, a Petrobras confirmou que suspendeu a passagem de seus petroleiros no Estreito de Ormuz, controlado pelo Irã. O fechamento parcial ou total dessa via é um dos principais temores dos especialistas, porque passa por ali entre 20% e 30% da movimentação petroleira no mundo.
Em resposta a consulta da coluna, a estatal assegura que a medida não trará impacto ao abastecimento de combustíveis no Brasil. A Petrobras detalhou ainda ter tomado a decisão depois de consultar a Marinha. Veja a resposta (embora o Brasil adote a grafia sem "h", em inglês o local é conhecido como Strait of Hormuz):
Em relação à suspensão do trânsito de navios pelo Estreito de Hormuz, a Petrobras informa que avalia rotineiramente alterações nas rotas de suas embarcações com o objetivo de evitar trechos que tragam risco à segurança de suas operações. A companhia avaliou o referido cenário e, em conjunto com a Marinha do Brasil, decidiu por evitar, no momento, o trânsito pelo Estreito de Hormuz. Tal mudança não trará qualquer impacto ao abastecimento de combustíveis no Brasil. Os desdobramentos locais seguem sendo monitorados e avaliados.