O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A alta da desigualdade social é um dos problemas que mais inquietam economistas de diferentes linhas de pensamento no país. A preocupação encontra respaldo nos números.
Pesquisa recente do centro de estudos FGV Social aponta que a diferença entre ricos e pobres sobe no Brasil há 18 trimestres. Isso quer dizer que o último recuo do indicador ocorreu no primeiro trimestre de 2015, ano marcado pelo início da recessão na economia.
Se serve de consolo, o ritmo de avanço vem perdendo fôlego. No terceiro trimestre, a elevação foi de 0,01%, a menor desde o início do período de alta (gráfico acima). Nos últimos meses, cresceu a pressão de especialistas por ações que combatam a concentração de renda.
Em entrevista recente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou o assunto:
– Não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social, nos dê um tempinho. Nossa tentativa é diferente. Eles (programas sociais) virão. Estão sendo elaborados.