Criada em junho passado, uma unidade da escola Ctrl+Play vem funcionando em Porto Alegre fora do radar público, mas pretende intensificar suas atividades na retomada do ano escolar, em março de 2020. Como indica o nome, é focada no universo digital, com ensino de programação para computadores e robótica. O objetivo é ensinar a criar softwares, aplicativos, jogos e vídeos. Foi resultado de investimento de R$ 400 mil. É mais uma das franquias de educação que vêm surgindo no país para tentar responder aos desafios impostos a métodos tradicionais.
Divide os alunos por faixa etária: de sete a nove anos, cursam a Ctrl+Kids, de 10 a 13, vão para Ctrl+Teens, e de 14 a 17, avançam para a Ctrl+Young. Apesar da especialidade, a escola oferece ensino regular, já alinhado às diretrizes da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) do Ministério da Educação.
O método da Ctrl+Play é baseado em ferramentas de aprendizado desenvolvidas por instituições como o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e empresas como Microsoft e Google. O ensino se dá por meio de métodos interativos, como aplicativos e jogos – tem até atividades fora do computador.
Fundada em 2015, em Campinas (SP), pelo engenheiro de computação Henrique Nóbrega, a Ctrl+Play tem cerca de 2 mil alunos em mais de 36 franquias no Brasil. Um dos objetivos do fundador é preparar jovens para que não sejam meros consumidores de tecnologia, mas transformá-los em criadores de jogos, aplicativos, sites e até robôs.
Na metodologia de ensino da escola, os principais itens são instigar o desenvolvimento, planejamento e execução de novas ideias, explorar a capacidade de solucionar problemas de forma criativa e transformadora, aprimorar o potencial argumentativo, a comunicação e o autoconhecimento, formando pessoas capazes de se posicionar com criticidade, fortalecer a responsabilidade, cidadania e autogestão em tarefas cotidianas e desafiadoras, empoderar os alunos em relação à cultura digital e desenvolver o pensamento científico, criativo e estético.