Incubada no Techparck da Universidade Feevale, em Campo Bom, a startup Mespper fez do mercado chinês seu principal foco. Em 2015, a empresa criava conteúdo para realidade virtual. Dois anos depois, desenvolveu seu próprio software de ambientes para imersão em realidade virtual e aumentada. O produto é voltado para o consumidor final. Na plataforma, o usuário pode carregar arquivos (imagens, vídeo, entre outros) para ver o conteúdo com qualidade e envolvimento maiores do que em um smartphone, por exemplo.
– O mercado chinês é o maior do mundo no segmento, com milhares de usuários ativos. Nossa projeção para os próximos cinco anos é faturar R$ 100 milhões – afirma o sócio da Mespper, Julio Fleck .
Recentemente, a empresa venceu concurso promovido por Qualcomm e Pico Interactive. Realizada na China, a disputa teve participação de empresas de diversos países especializadas no segmento de realidade virtual. Como prêmio, Mespper ganhou o direito de distribuir o software por três anos, sem custos adicionais, nas lojas das empresas organizadoras do concurso e em sites especializados em produtos de realidade virtual. Também receberá cerca de R$ 100 mil para investir em marketing na China.
Atualmente, a Maspper desenvolve dois projetos com a tecnologia, um para educação a distância e outro na área de saúde, que visa tratamento de fobias com uma equipe de psicoterapeutas. No Brasil, o software é utilizado no segmento B2B (de negócios entre empresas), principalmente para treinamento ou fortalecimento de marca. Para 2020, a empresa planeja adequar o software para o mercado B2C (que atende o consumidor final)
no Brasil e nos Estados Unidos.