Empresa gaúcha que nasceu com o intuito de facilitar a vida de quem quer investir, a Warren incorporou uma corretora de valores, que negocia ações, em abril. Com isso, tornou-se plataforma completa de investimentos. Dois anos depois de ter sua criação registrada na coluna, passou de seis mil para 90 mil clientes e já soma R$ 450 milhões sob sua gestão. A meta é alcançar o primeiro R$ 1 bilhão em recursos administrados até o final deste ano.
Apesar do crescimento, o valor mínimo para começar a utilizar os serviços continua em R$ 100. A fintech (startup que une tecnologia e setor financeiro) permite que o cliente construa uma "caixinha” com suas características e trace seu objetivo com o investimento – casar, fazer uma viagem, pensar na aposentadoria. Tito Gusmão, um dos sócios da empresa, diz que a Warren atua como um family office, que administra fortunas familiares. Isso significa que não cobra comissões dos clientes, mas uma taxa sobre os rendimentos, de 0,5% ao ano.
– O mercado de investimentos tradicional é pensado para detonar com o cliente. Sei porque já estive do lado negro da força – afirma o ex-sócio da XP Investimentos.
O desejo de fazer “oposição” ao mercado tradicional aparece até na escolha da sede da empresa, que funciona na Avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim.
– É um bairro hipster, nada tradicional. O normal seria estarmos na Avenida Faria Lima, em São Paulo, ou na Carlos Gomes, com padrão de roupa, mas lá não pensaríamos fora da caixa – explica, brincando que oferece o "pacote padrão" das startups, com mesa de ping pong e cerveja própria.
* Com Camila Silva