Ao completar 10 anos, a HT Micron anuncia um passo importante na terça-feira (18).
A empresa controlada pela coreana Hana Micron vai apresentar o primeiro chip para aplicações em internet das coisas (IoT, da sigla em inglês internet of things) totalmente desenvolvido e fabricado no Brasil. E não quer vendê-los só aqui, mas no mercado global. Até agora, a HT estava focada em produtos para memória de dispositivos, como smartphones, smart TVs e computadores.
Um microchip, que chega a ter menos de um centímetro quadrado, é um conjunto que pode reunir até 50 componentes. São lascas de silício onde estão circuitos funcionais, chamadas de "dies" no segmento. Essas partes podem ser compradas ou desenvolvidas pela fabricante final, como fez a HT Micron.
Com isso, elimina a necessidade de ter, por exemplo, um chip para memória, outro para processamento, mais um para conexão. Com o novo chip da empresa, um determinado equipamento só vai precisar de uma antena e uma bateria para se conectar internet – dispensa rede wifi ou qualquer outra. Seu desenvolvimento gera propriedade intelectual e empregos de alta qualidade.
Com aplicações que passam por agronegócio, saúde, mobilidade urbana e indústria
4.0 (mais automatizada), a solução foi resultado de parceria com a ST Microelectronics, grande empresa global de semicondutores e representou investimento estimado em
R$ 2 milhões. O lançamento do chip marca a atuação da HT Micron para além do segmento de memória, transformando-a em fornecedora de produtos para o mercado de IoT. A expectativa da empresa, que atualmente fatura cerca de R$ 400 milhões ao ano, é duplicar de tamanho nos próximos três anos. O novo chip é o primeiro de uma linha de produtos que tem como objetivo o desenvolvimento de encapsulamentos avançados.