Depois de ficar travado por cerca de três semanas depois da compra, o jato executivo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo comprado pelo dono da rede Havan, Luciano Hang, foi liberado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Depois de ser deslocado de Porto Alegre para Navegantes, havia ficado retido no hangar. Ao reclamar à coluna sobre a burocracia da Anac, o empresário havia feito um desabafo:
– O Brasil é um país muito hostil para o investimento. Parece que tudo o que pode ser feito para atrapalhar os negócios acontece – reclamara em meados de junho.
Conforme a Anac, consultada pela coluna, o processo de certificação da aeronave foi parado no dia 13 de junho porque "o interessado enviou apenas uma cópia simples do Certificado de Aeronavegabilidade para exportação, sendo que a Resolução 293 da Anac exige que seja o documento original ( Art. 77, inciso VI). No dia 21/06, a matricula foi efetivada após o representante do proprietário encaminhar a documentação exigida".
Indagada se a causa havia sido a cor da tinta da caneta, como Hang chegou a relatar, a Anac informa que essa informação "não é correta". A intenção de Hang é usar a aeronave, avaliada em R$ 250 milhões, para acelerar seu processo de abertura de lojas pelo país.
O empresário visita pessoalmente todos os pontos antes de confirmar uma unidade da rede, e faz questão de enxergar a localização de cima. No Rio Grande do Sul, seu plano segue sendo de abrir 10 megalojas até o final do ano.