Depois de um longo período de expansão modesta da rede, a Lojas Colombo vai mudar de ritmo. Em 2019, vai abrir 20 unidades no Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), além de revitalizar praticamente todos os atuais 250 pontos de venda, a um ritmo ambicionado de 10 por ano. Para a ampliação, está reservado um investimento entre
R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Para a modernização, mais cerca de R$ 8 milhões.
– É muito fora da curva dos últimos cinco ou seis anos, período em que não abrimos mais do que 10 em um ano. Desde o final do ano passado, a empresa está em outro momento – detalha o diretor comercial Eduardo Colombo, neto do fundador da rede, Adelino Colombo.
Nesse momento, explica o executivo, a Colombo está com nova estratégia, redesenhando forma de atuação e mapeando os novos 20 pontos. Eduardo evita antecipar locais que receberão o investimento porque nem todos
já estão definidos e para não alertar a concorrência. O movimento já deu resultados no mês passado, detalha:
– Em janeiro, as vendas cresceram 23%, e batemos nosso próprio recorde de vendas, que havia sido atingido no mesmo mês de 2019.
Com forte crescimento nas vendas do e-commerce – modalidade em que o segundo maior mercado é São Paulo, onde a rede gaúcha não tem lojas físicas há cerca de cinco anos –,
a Colombo passou a ser também um market place (vende produtos de terceiros em suas plataformas online). Atualmente, as vendas via digital representam 30% do total da rede. A ambição de Eduardo é elevar esse percentual para 40% em prazo relativamente curto: até o final deste ano.
– Há três ou quatro meses, começamos a abrir espaço para outros fornecedores. Já temos linha automotiva, como peças de carros, acessórios de veículos, produtos para crianças e bebês. Queremos ampliar para vestuário, calçados, e produtos farmacêuticos. São áreas bem diferentes do nosso ramo, mas também itens do nosso segmento, como um fogão ou uma coifa, muito personalizados, que os fabricantes têm mas hoje não compramos para estocar. A intenção é de que o cliente possa resolver a vida dele em um lugar só. Há seis meses, o market place era zero no faturamento, hoje é 6% – relata Eduardo.
Para 2019, a Colombo prevê aumento de 12% no faturamento. Conforme o diretor comercial, o cenário para a economia mudou muito, para melhor, mas assegura que a projeção não é alimentada apenas por otimismo.
– Só em caso de uma particularidade muito grande não vamos atingir essa meta. Estamos muito otimistas, mas como sempre na história da Colombo, com os pés no chão, um passo por vez.
Desde que Adelino Colombo reassumiu o comando das operações, o empresário tem atuado na presidência do conselho de administração, em contato direto com a diretoria. A rede não tem um presidente executivo. Ao menos, por enquanto.