A francesa Engie comprou a Sadenco, que opera cerca de metade da rede de iluminação em Porto Alegre. A empresa adquirida é uma das líderes desse mercado no Brasil. Agregar essa nova empresa ao grupo francês, que era conhecido como Tractebel, é uma forma de reforçar a área de negócios da companhia chamada Cidades do Amanhã. O valor do negócio não foi informado. Conforme Maurício Bähr, CEO da Engie Brasil, será a plataforma para alavancar negócios por meio de parcerias público-privadas de iluminação pública:
– A rede de iluminação é um sistema neural de uma cidade, pois permite embarcar outras soluções, como câmeras de segurança e serviços de internet.
A Sadenco opera e mantém sistemas de iluminação pública em Porto Alegre, Florianópolis, Blumenau, Joinville, em Santa Catarina, e em Santos (SP). Administra 250 mil pontos de iluminação e tem 140 colaboradores. A Engie tem intenção de contratar mais, com a expansão dos negócios.
Bahr assinala que a aquisição está alinhada aos pilares estratégicos do grupo no mundo.
O executivo avalia que iluminação pública inteligente gera redução do consumo de energia, favorecendo a redução no consumo de carbono. A empresa prevê também a digitalização do sistema, com possibilidade de criar plataforma para outras soluções inteligentes nas cidades. A Engie opera mais de 1,5 milhão de pontos de iluminação pública no mundo, sendo uma das líderes desse mercado.
A Engie anunciou no ano passado que não investiria mais em geração a carvão e colocou à venda a usina prestes a ser concluída no Estado, além do complexo Jorge Lacerda, em Santa Catarina. Com 150 mil funcionários no mundo, a Engie teve receita de 65 bilhões de euros em 2017. A companhia é resultado de uma série de fusões de empresas europeias como Société Générale de Belgique, Compagnie Universelle du Canal Maritime de Suez, Société Lyonnaise des Eaux et de l’Éclairage, Gaz de France and International Power. No Brasil, é a maior produtora privada de energia elétrica, com capacidade instalada própria de 9.356 megawatts (MW) em mais de 30 usinas, cerca de 6% da capacidade do país.