O consumidor brasileiro ficou mais confiante em outubro, na comparação com setembro, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV). No entanto, o termômetro do humor ainda está em patamar baixo, mesmo em relação ao desempenho deste ano, quando a recuperação da economia decepcionou.
O resultado do mês passado foi o melhor desde maio – quando chegou a 86,9 –, mas é o quinto pior na pontuação se considerados os últimos 12 meses. Um dos componentes do ICC, a avaliação sobre a situação atual piorou: recuou 0,4 ponto, para 71,9.
O que melhorou foi o Índice de Expectativas: subiu 6,9 pontos, para 96,6, o maior desde abril. Outro destaque positivo ocorreu na faixa com renda familiar mensal de até R$ 2,1 mil, com alta de 9,3 pontos. E depois de dois meses seguidos de queda do ímpeto de compras, o indicador que mede a intenção de adquirir bens duráveis subiu 12 pontos, para 90,7, maior nível desde outubro de 2014. Foi o indicador que mais contribuiu para o avanço da confiança em outubro. Coordenadora do estudo, Viviane Seda Bittencourt afirma que o fim do período eleitoral diminui a incerteza política e atenua temores.
*Com Anderson Mello