Agosto teve o pior resultado dos últimos dois anos em número de transações de fusões e aquisições de empresas no Brasil. As 64 efetuadas representaram queda de 38,46% em relação ao mesmo mês de 2017, quando haviam sido anunciadas 104 operações.
Dados do relatório mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, mostram que as 25 operações com valores revelados movimentaram R$ 14,3 bilhões, 20,8% abaixo do total informado em agosto de 2017, de R$ 18 bilhões.
O segmento de tecnologia foi o que mais atraiu investimentos, com 14 transações. Desde janeiro, houve 656 anúncios de compra e venda de participação de empresas nacionais.
Entre os grandes negócios registrados no período, estão a compra da Fibria pela Suzano – sobre o qual surgiu um ruído nesta semana, com divergência na recomendação do negócio para acionistas – a aquisição do controle da distribuidora de energia Eletropaulo pela italiana Enel, a compra da Somos pela Kroton, a transferência da atividades do Walmart no Brasil para a Advent e a joint venture formada por Boeing e Embraer. Analistas veem influência da incerteza eleitoral na perda de velocidade desse tipo de negócio.