Comandada por equipe de gaúchos – só dois dos seis não nasceram no Estado –, a StartSe quer se tornar global. Com a inclusão de Ricardo Geromel, que comanda o escritório da empresa em Xangai, na China, Cristiano Kruel, Eduardo Glitz, João Evaristo, Junior Bornelli, Maurício Benvenutti e Pedro Englert criaram uma plataforma digital que conecta startups com investidores. Agora, querem se especializar na conexão de empresas e profissionais à nova economia. Em um mundo que muda em alta velocidade, habilidades e conhecimentos podem ser tornar perecíveis com rapidez.
– A educação continuada se impõe – afirma Glitz.
Essa necessidade não é só dos brasileiros. Demandas de vários países começaram a chegar por redes sociais. Depois de pesquisar o que existia para ajudar nesse processo, os sócios descobriram que são pioneiros. Isso amadureceu a decisão de mudar a sede da empresa, de São Paulo para o Vale do Silício. Também vai transferir as instalações atuais, na RocketStar, espaço de coworking em San Francisco, para uma casa inteira em Palo Alto. A decisão busca mais espaço e logística estratégica.
– Cerca de 90% do que vai mudar nos próximos anos virá desses locais, Vale do Silício e China. Estamos nos dois – diz Glitz.
Em Xangai, na China, a empresa tem unidade comandada por Ricardo Geromel – sim, irmão do zagueiro do Grêmio. A nova estrutura da StartSe mantém a área voltada para a conexão entre negócios nascentes e investidores, que tem a pretensão de ser uma "bolsa de valores do futuro", e cria a StartSe Intelligence, só para a preparação de empresas e profissionais, com a ambição de se tornar a "universidade do futuro".
Na mira, está alcançar a posição de maior empresa de educação continuada global.
Hoje com 60 pessoas, a StartSe mantém ritmo do tipo de empresa em que se inspirou: faturou R$ 17 milhões em 2017, deve fechar 2018 com R$ 50 milhões, e estima chegar a
R$ 100 milhões no próximo ano.