Depois das 13h, o dólar, que já recuava em relação ao fechamento do dia anterior, começou uma trajetória de queda acentuada. No início da tarde desta sexta-feira (31), a moeda no câmbio comercial fica em torno de R$ 4,09. Se não houver novidade que estresse o mercado, é possível até que feche o dia abaixo de R$ 4, dado o ritmo do declínio. Analistas explicam que boa parte desse comportamento se deve à formação da Ptax, que fechou às 13. Essa cotação, que é diferente da comercial, baliza a liquidação das operações no mercado futuro. Formada no último dia útil do mês, vale para o seguinte. Nesta sexta-feira, a Ptax fechou
em R$ 4,1353 – muito acima da flutuação atual do dólar comercial.
Conforme operadores, depois que a Ptax fechou nesse valor elevado, os especuladores saíram do mercado. Garantiram um bom preço para liquidar seus contratos e deixaram de pressionar o mercado. Isso não garante que o dólar siga em baixa. Novidades, especialmente vindas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), podem mexer com o humor de investidores, e até reacender a especulação.
Na Argentina, o peso também parou de perder ante o dólar, depois que a moeda americana se valorizou 16% no dia anterior. Não chegou a recuar muito, mas é negociado abaixo de 40 pesos. O ministro da Economia, Nicolás Dujovne, viajou aos Estados Unidos para tentar garantir a antecipação dos recursos do socorro negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Antes de viajar, disse que anunciará medidas na próxima segunda-feira. No dia anterior, bancos credores cobraram ajuste fiscal mais drástico no país do tango.