A coluna segue intrigada, mas compartilha informações à medida que as obtêm. A polêmica sobre a redução de produção nas refinarias da Petrobras fez com que a estatal produzisse vídeos de altos executivos para explicar a estratégia de trocar produção de diesel e gasolina por importação do produtos, com a consequente exportação de óleo bruto. Segundo Carlos Gratti, gerente-geral de planejamento operacional, refino e transporte, à medida que aumenta o volume interno de refino, cresce a produção de subprodutos com preço muito baixo ou sem aplicação. Claudio Mastella, gerente-executivo de logística, avisa que "picos de demanda" – dos quais o Brasil está longe nesses anos de recessão e crise – podem alterar esse "ponto ótimo".
O que os executivos da Petrobras sustentam é que há um “ponto ótimo do processamento” em que o refino deixa de ser rentável por conta do aumento na geração desses subprodutos. Ocorre quando o custo se equipara ao do diesel importado ou quando sobe muito o valor do óleo cru.
Ao menos na Refap, de Canoas, o fenômeno se concentra no diesel. A produção de gasolina também encolheu nos últimos meses, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas concentrada em abril (7%) e maio (10,9%). A do diesel caiu 26% no início do ano, em relação a 2017.
Confira o que dizem os executivos da petroleira: