Ao anunciar os resultados da Gerdau no primeiro trimestre, o diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, comentou pela primeira vez, nesta quarta-feira (9), a situação da companhia frente à imposição de sobretaxas sobre aço importado nos Estados Unidos.
O grupo siderúrgico de origem gaúcha teve aumento de 23% na receita líquida consolidada, para R$ 10,4 bilhões, e lucro líquido de R$ 451 milhões, revertendo perda ajustada de
R$ 34 milhões em igual período do ano passado. Esse foi o melhor resultado trimestral dos últimos quatro anos, destacou o executivo.
Segundo Werneck, a Gerdau "atende ao mercado nos EUA majoritariamente com produção local". A empresa tem usinas nos EUA e no Canadá, que deve ficar fora das restrições caso sejam bem-sucedidas as negociações no âmbito do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês, que inclui EUA, Canadá e México). Ciente de que essa não é a realidade das siderúrgicas do Brasil, que serão submetidas a cotas de exportação pelo governo americano, o executivo completou:
– A exportação das unidades da Gerdau para os EUA não é relevante. A empresa apoia a posição adotada pelo Instituto Aço Brasil (entidade que representa o segmento) e avalia que as negociações caminharam da melhor forma possível.
O bom desempenho entre janeiro e março deste ano foi atribuído pela Gerdau à maior demanda por aço. Conforme a empresa, todas as operações de negócios (Brasil, América do Norte, Aços Especiais e América do Sul) tiveram aumentos de Ebitda (indicador de geração de caixa) superiores a 50% no período, comparadas aos três primeiros meses de 2017. Werneck também destacou os esforços de gestão para a melhora dos resultados.