Nesta terça-feira (6), o mercado de criptomoedas balançou – e caiu – novamente. O dia foi marcado pela expectativa em torno de uma audiência no Congresso dos Estados Unidos com a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFPC) e a Comissão de Segurança e Câmbio (SEC), que discutiu uma possível regularização dos ativos. Essa mesma medida vem sendo sondada por países como a Coreia do Sul, que tem grande volume de operações em criptomoedas.
O bitcoin, irmão mais velho das moedas digitais, alcançou US$ 6 mil no pior momento das negociações. Nos últimos dias, levou consigo o valor total investido nesse mercado – na sexta-feira (2), girava em US$ 434,8 bilhões e nesta terça valia quase US$ 100 bilhões a menos: US$ 340,4.
Consultado pelo coluna, o especialista em criptomoedas e investimentos Anderson Nery avalia que ainda é cedo para dizer que a bolha estourou:
– Isso está sendo dito há bastante tempo. Em 2012, 2013, o preço chegou a US$ 1 mil e caiu de volta para US$ 300, e se disse que a bolha havia estourado. Depois, teve outro movimento, em 2015: chegou a US$ 2 mil e recuou o preço, e de novo se disse que a bolha havia estourado. É muito difícil enxergar em que momento está sendo uma bolha ou não. Talvez no futuro a gente consiga visualizar isso.
Para os próximos dias, Nery arrisca que haverá oscilações e que investir em criptomoedas nesse momento é "uma aposta, não exatamente um investimento":
– É de se esperar que, se houver uma retomada, não seja constante, que no meio haja realização. Dificilmente um mercado de cerca de US$ 40 bilhões que valorize 30% não tenha alguém que meio do caminho que vá realizar algum ganho.
*Colaborou Laura Schneider