Não foi só o elenco estrelado de Deus Salve o Rei, novela das 19h que entrou no ar na última terça-feira (9) pela Rede Globo, que chamou atenção da crítica e dos espectadores. A divulgação em peso e a pré-estreia em sala de cinema, inéditas na dramaturgia da emissora, também se devem à tecnologia empregada na construção digital dos cenários medievais, tema escolhido pelo autor Daniel Adjafre.
A viagem no tempo até a Vila de Artena, onde se passa boa parte da trama, ficou a cargo do Núcleo de Cenografia Virtual da Globo e, entre outras empresas, das gaúchas Neorama e Miagui, de Porto Alegre. Diretor de produção da Neorama – que produz conteúdo digital para o mercado imobiliário e já havia se aventurado no espaço da ficção –, Ernani Cravo explica que, para aumentar o realismo, castelo, muralha, masmorra, ferreiro e cozinha foram modelados em 3D e passaram por texturização em softwares especiais:
– Foi uma espécie de laboratório pra gente, porque tivemos de incorporar novas técnicas. Eles queriam algo que chamasse atenção como novo marco da emissora, com qualidade de cinema.
O convite da emissora chegou há cerca de cinco meses e, desde setembro, uma equipe se debruçou sobre o projeto inspirado nas séries Vikings e Game of Thrones. Velhas conhecidas da Globo, Neorama e Miagui já produziram cenários digitais para a novela Ciranda de Pedra (2008) e para o especial de fim de ano do Didi A Princesa e o Vagabundo (2010).
*Colaborou Laura Schneider