Cobrada por multinacionais que querem ver nas filiais a mesma estratégia aplicada na sede, a inclusão – de gênero, cor e orientação sexual – avança no universo corporativo. Viraram até produto de grandes escritórios de consultoria jurídica, como o Martinelli Advogados, que acaba de criar um núcleo para implantar programas de diversidade.
A unidade gaúcha do escritório nascido em Joinville (SC), especializado em questões tributárias, cresceu a ponto de duplicar suas instalações em Porto Alegre em 2017. Gustavo Goulart, que comanda a filial local, relata que os 80 postos de trabalho avançaram 32,5%, para 106 .
A maior contribuição não foi de contenciosos – que aumentaram nos anos de crise –, mas atividades consultivas como a dos programas de inclusão e formatação de projetos para captação de recursos, especialmente para bancos como BNDES e BRDE.
Uma das empresas para as quais o Martinelli atuou em inclusãoé John Deere, que busca aumentar o número de mulheres que atuem na linha de produção. A empresa, de origem americana, cobrou o alinhamento de estratégia. Diante desse exemplo, prevê Goulart, é questão de tempo para a estratégia se disseminar.