Além da alta imparável da bolsa, este início de ano é marcado pela continuidade do recuo do dólar, e não apenas no Brasil. O economista do banco Fibra, Cristiano Oliveira, destaca que a moeda norte-americana perdeu força ante várias outras, em média 11% ainda ao longo de 2017.
Entre os motivos das verdinhas mais murchas, lista Oliveira, estão a reforma tributária de Donald Trump nos Estados Unidos, os sinais de volta a um crescimento moderado, mas confiável, tanto nas maiores economias quanto nos países emergentes.
Também contribui a expectativa de que os bancos centrais da zona do euro e do Japão sigam reduzindo o ritmo dos estímulos monetários não convencionais. Isso torna o euro e o iene mais atrativos. Para além de flutuações pontuais e diárias, o economista avalia que uma reversão de tendência segue atrelada à mãe de todas as influências: o ritmo de alta do juro nos Estados Unidos.
Como indicadores apontam uma expansão moderada da economia americana, a esperada (por lá...) volta da inflação tende a provocar ao menos três altas no juro ao longo deste ano, avisa Oliveira.