Projetos no Rio Grande do Sul ficaram fora do leilão de energia realizado nesta segunda-feira, mas a Focking, de Panambi, conseguiu vender a geração futura de uma pequena central hidrelétrica (PCH) no Rio Buriti, em Mato Grosso. "Pequena", neste caso, serve para diferenciar das hidrelétricas gigantes que marcam o país. O investimento previsto não corresponde ao adjetivo: R$ 23 milhões.
Marco Weirich, gerente de energias da empresa gaúcha, explica que existe uma central geradora hidrelétrica (CGH) perto de "casa", entre Panambi e Ibirubá, mas com apenas 800 quilowatts (kW). A usina que será construída em Mato Grosso será mais de 10 vezes maior, com potência instalada de 10 megawatts (MW).
Conforme Weirich, o projeto era antigo na Focking e precisou ser inteiramente refeito depois das mudanças no Código Florestal. Para bancar esse esforço, a empresa fez uma parceria com o fundo de investimento Intrepid, ligado ao gigante americano BNY Mellon.
Agora, a indústria vai fazer a montagem final e a conexão com a rede. As turbinas já haviam sido compradas, ainda para o projeto antigo. Conforme o executivo, o mais provável é que, depois de pronta, a PCH fique sob gestão exclusiva do Intrepid, até porque o interesse da Focking é exatamente fornecer equipamentos e serviços para a obra.