O início da venda de eletroeletrônicos pela Amazon, prevista para a próxima quarta-feira (18), causou calafrios nas redes do segmento. E, conversa com a coluna, Jean Rebetez, sócio-diretor da GS&Consult, deu uma palavra de conforto aos varejistas:
– O espaço que ainda existe no mercado nacional é em crédito. Nossas redes atendem a uma grande população que, às vezes, sequer tem conta em banco. Essa é a vantagem dos locais.
Para Rebetez, vai demorar para a Amazon entender o crédito pessoal no Brasil. Mas admite que a gigante de vendas online vai ocupar o nicho da classe A. O amplo mercado das classes B, C e D que dependem de crédito para comprar produtos de maior valor ainda estará protegido por conta dessa característica, avalia.
– É momento de estreitar relação com esse cliente que prefere pagar 7% de juro à loja do que ao banco. É abraçar essa população e se entrincheirar.
As redes regionais, detalha Rebetez, tem lição de casa a fazer em tecnologia e no funcionamento adequado de multicanal – na loja física e na internet.
– Todos estão recuperando margem, queimando menos e cortando despesa. A crise serviu para isso. Agora, é recuperar a imagem. E, na pior das hipóteses, vender para eles.