Nos Estados Unidos, começou uma disputa entre duas gigantes do varejo em busca da automatização da venda. O embate pelo modelo sem contato pessoal entre clientes e funcionários envolve uma quase nativa digital, a Amazon, e a mais conhecida representante do varejo tradicional, a Walmart. Em maio, foi lançado o serviço Amazon Fresh PickUp, que vende de alimentos congelados a laticínios, passando pelas linhas de papelaria e escritório. Poucas semanas depois, a Walmart reagiu e apresentou um serviço semelhante, até agora chamado PickUp, em uma de suas lojas em Okhlahoma City.
Ambas se baseiam no princípio de fazer o pedido online e escolher um quiosque para recolher as compras em uma das unidades, que funcionam 24 horas por dia. Conforme relato de jornais americanos, os primeiros testes do modelo enfrentaram problemas técnicos, mas são encarados como um sinal do futuro nos hábitos de consumo.
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Embora não envolvam contato pessoal entre compradores e vendedores, é claro que os serviços demandam funcionários. Mas é nítido, também, que são desenhados para demandar menor quantidade de mão de obra do que o serviço tradicional. Os empregados atuam, basicamente, para empacotar as compras dos clientes em embalagens especialmente preparadas para isso.
Quando o consumidor chega ao quiosque, usa um código de cinco dígitos e a máquina dirige as sacolas com os produtos escolhidos a partir dessa identificação. O processo é semelhante aos das máquinas automáticas de venda (vending machines), equipamentos já disponíveis em todo o mundo que recebem dinheiro e entregam o produto escolhido.
As duas gigantes sinalizam que esse modelo é um teste à espera da resposta dos clientes. Dependendo do retorno, poderá se expandir de forma mais abrangente. A Walmart afirma estar trabalhando nessas "mercearias online" desde 2014, e está disposta a ampliar o serviço para mais de 600 lojas nos Estados Unidos. Caso seja bem aceito, considera acelerar o disseminação da atividade.