Com sede em Teutônia, a cooperativa Languiru encara o ano da saída da crise com uma expectativa invejável: projeta triplicar – senão quadruplicar – a rentabilidade. Dirceu Bayer, presidente da entidade, não faz suspense e entrega o segredo: a diversificação dos negócios.
REDE DE SUPERMERCADOS
Além de atuar com aves, suínos e leite, é dona de uma rede de supermercados em expansão. Até o final do ano, vai abrir a sétima loja, no bairro Canabarro, em Teutônia. Será o terceiro na cidade-sede. Ainda há dois em Arroio do Meio, um em Poço das Antas e outro em Bom Retiro do Sul.
– Ficamos com 30% do faturamento independente de tempo ou dólar, variáveis que não conseguimos controlar – observa Bayer.
CRESCIMENTO NA RECESSÃO
Durante a recessão, a Languiru se tornou a segunda maior cooperativa de produção do Estado: faturou R$ 1,25 bilhão em 2016. O porte contrasta com uma característica peculiar: seus 6,4 mil associados têm a menor média de tamanho de propriedade entre as cooperativas rurais do Estado, com média de 10 hectares. Esse é o único número modesto. A unidade de processamento de suínos, em Poço das Antas, abate 1,7 mil animais por dia. O resultado é que a planta responde por 90% da arrecadação da prefeitura, relata Bayer. Em Estrela, a unidade de rações produz 33 mil toneladas ao mês. E a de aves está com 100% da capacidade tomada, caso raro na crise.
A FÓRMULA MÁGICA
Depois de um 2016 "difícil", por conta do alto custo do milho, um dos principais insumos da cooperativa, Bayer avalia:
– Este é o melhor momento da Languiru. No primeiro semestre, tivemos resultado positivo muito superior ao do ano passado. A fórmula mágica foi a diversificação da atividade.
Só não revela o número porque os dados ainda não são oficiais.
HORA DE COLHER FRUTOS
Desde 2015, a Languiru já investiu cerca de R$ 150 milhões, relata Bayer. A planta de suínos (foto acima) é nova, as demais foram modernizadas:
– Agora, vamos colher os frutos do trabalho.
Hoje, exporta carne suína para mais de 20 países, e os demais produtos, para 40. No final de 2014, antevendo a crise, a Languiru reduziu à quase metade seu portfólio de 500 produtos. E além dos supermercados, mantém a rede Agrocenter, que vende máquinas, equipamentos e bazar.