Uma revenda de veículos com aumento de 34% no faturamento de janeiro a agosto é caso típico de quem anda na contramão do mercado – no bom sentido. A Jardine, concessionária Chevrolet, tem sido bem sucedida no tráfego em sentido contrário. O negócio começou em 1929, em Gaurama, norte do Estado. Vendia caminhões, já que carros não havia. Depois, avançou para Erechim, onde se consolidou com o sobrenome da família, Sponchiado. Só bem depois, em 2005, desembarcou em Porto Alegre, com a compra da Jardine.
– Fiquei na empresa depois de uma grande briga. O negócio havia sido fundado pelo avô, havia 35 pessoas da família – relata Carlos Sponchiado.
Em 2001, ele comprou a operação e passou a expandir a rede. Atualmente, são sete unidades. Não foi um caminho fácil, relata Sponchiado, confessando que quase quebrou antes de estabilizar e desenvolver a rede, entre crises da marca e globais.
Para enfrentar a queda de vendas de até 50% durante a recessão, diz que reestruturou todo o negócio. Só não abriu mão de distribuir lucros para os funcionários, o que faz sem interrupções há uma década. A reação começou aos poucos e, agora, já enche os olhos.
– Lá atrás, quando o mercado estava complicado, fiquei na moita para não morrer. Perdi um pouco no passado, mas recuperei com juro e correção.
Agora, com o mercado estável e crescendo, começa a pensar em expansão. Não tem meta, mas avisa que, se houver oportunidade, está interessado.