Nos últimos dias, dois chefes de Estado importantes para o mundo, Donald Trump e Emmanuel Macron, mais o ainda presidente Michel Temer, do Brasil, foram associados a atitudes e comportamentos despóticos. Trump, com o já famoso vídeo-meme em que "golpeia" a CNN, Macron usando o Palácio de Versalhes como se fosse sua casa e Temer dizendo que não há crise no Brasil, descolado da realidade. A coluna mostra como o cinema retratou déspotas em seu auge e em momentos de dificuldade. Qualquer semelhança é mera coincidência.
As Loucuras do Rei George (1994)
No século 19, o rei George III, da Inglaterra, passa a demonstrar sinais de insanidade após perder o controle de colônias, entre as quais os Estados Unidos. Isso causa um clima de instabilidade e intriga no reino. Os auxiliares oscilam entre manter a ordem institucional, preservando a monarquia, e destituir o soberano, devolvendo a estabilidade ao reino.
Leia mais
Quatro filmes sobre impostos, às vésperas de possível alta no Brasil
Em semana de gafes na viagem presidencial, quatro filmes sobre diplomacia
Quatro chefes de Estado covardes ou vilões nos cinemas
A Rainha (2006)
Mais do que uma grande gafe, a reação da rainha Elizabeth II à morte de Diana foi um completo desastre, que esteve a ponto de comprometer não só seu reinado mas a própria monarquia. A intervenção do então primeiro-ministro, Tony Blair, ajudou a mudar o comportamento e a restaurar a conexão com seus "súditos".
O Amante da Rainha (2012)
Um casamento arranjado, como era praxe na realeza, une Cristiano VII, da Dinamarca, a Carolina Matilde, da Inglaterra. A nobre depara com um monarca que não tinha poder de fato, era repreendido com frequência pelo conselho e manifestava problemas emocionais graves. Da amizade com um médico alemão, surge uma identidade e uma tentativa de mudar as coisas.
Adeus, Minha Rainha (2012)
A Revolução Francesa já foi mostrada sob diversos ângulos. Este é o ponto de vista de uma criada de quarto de Maria Antonieta, que assiste, perplexa, os usos e costumes da corte já praticamente sitiada. Nessa perspectiva, os caprichos e os luxos da realeza contrastam ainda mais com a fome e a revolta do povo.