Marco Nahas não gosta muito de dar entrevistas. Abriu exceção nesta terça-feira (6), na abertura da revenda da Volvo da Capital. E por um motivo especial: foi para representar essa marca que a empresa nasceu, há 25 anos. Hoje, tem 26 concessionárias no Estado e se prepara para entrar no clube do bilhão: a projeção de Nahas é fechar este ano que ainda oscila entre recessão e reação com faturamento na casa de R$ 1 bilhão, pela primeira vez na história do grupo. E avisa que a intenção é continuar crescendo e expandindo a rede.
– Se não fosse a crise, seria maior (o faturamento). Mas estamos saindo mais forte do que entramos. Um dos motivos foi a compra de concorrentes, entre os quais destaca a Sulbra, de Novo Hamburgo, pela "dignidade" com que foi conduzida pelo antigo proprietário. Na avaliação do patriarca do grupo – os filhos Thiago, Renato e Roberto também estão na gestão –, o mercado de veículos pode não alcançar a venda de 5 milhões de unidades anuais sonhada nos anos de abundância, mas o consumidor está amadurecendo, trocando modelos mais básicos por carros mais completos, sinal de que há uma evolução.
Leia mais
Para a Volvo, será difícil investir no Brasil nos próximos quatro anos
Exportação de carros bate recorde no RS
Os números do circuito de obstáculos da indústria automotiva
A inauguração da revenda Volvo da Iesa, que funcionará no mesmo prédio da concessionária Renault, do mesmo grupo, teve presença do presidente da Volvo Cars Brasil, Luis Rezende. Ele fez questão de assinalar que a data coincidiu com o dia nacional da Suécia. As instalações foram ampliadas para que não houvesse perda do espaço anteriormente ocupado.
Renato Nahas, que toca o negócio, adianta que já existem planos para expansões físicas futuras, assim que o mercado de veículos confirmar o sinal de retomada. No mesmo dia, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que as venda de veículos em maio teve alta de 24,6% na comparação com abril e de 16,8% em relação a maio de 2016.