No dia em que anunciou a conclusão das negociações de compra da Brasil Kirin, a Heineken confirmou, nesta quinta-feira (1), em nota enviada à coluna, o encerramento das operações da unidade em Gravataí. No total, 145 empregados diretos e 37 terceirizados trabalhavam na cidade.
Conforme a Heineken, quase todos os funcionários serão demitidos, 15 ficarão até dezembro – quando a cervejaria planeja finalizar todas as atividades na Região Metropolitana – e oito serão transferidos.
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A companhia afirma que negociou com sindicato "pacote adicional de benefícios" a ser concedido aos empregados que deixarão a empresa em razão do fechamento. "Entre outras coisas, a Heineken Brasil oferecerá apoio para a recolocação profissional por meio da contratação de empresa especializada", diz o texto.
Inicialmente, a unidade de Ponta Grossa (PR) passará a abastecer as regiões que eram atendidas pela fábrica de Gravataí. Com a compra da Brasil Kirin, a companhia aumenta o número de operações no país de cinco para 16, incluindo a de Igrejinha.
"A decisão foi tomada com base nos constantes estudos de viabilidade do negócio e na necessidade de levar a operação da companhia a outro patamar de excelência", aponta a Heineken.
A compra da Brasil Kirin havia sido anunciada em fevereiro deste ano. Presente em cerca de 190 países, a gigante holandesa abocanhou a fabricante das marcas Schin, Eisenbahn e Devassa por aproximadamente R$ 2,2 bilhões. O negócio a coloca como a segunda maior cervejeira no país, atrás da Ambev, dona de Brahma, Skol e Antarctica.