Animais de estimação ajudam a alegrar a casa, curar doenças e podem até melhorar resultados de empresas em crise. Essa é a expectativa do Grupo Mundial com seu novo braço, a Sagoo, de Caxias do Sul.
Segundo Luciano Nunes, diretor das unidades Eberle, Syllent e Sagoo, diante das dificuldades em algumas divisões, a intenção foi mesmo buscar alternativa mais promissora. O segmento que anda melhor no grupo é o de esmaltes – a Mundial é dona da marca Impala. E a área que mais sofre é a da Eberle, 90% focada em aviamentos para jeans.
– Precisamos nos reinventar, e fomos procurar o que poderia agregar. O mercado pet chamou atenção. Não é blindado para a crise, mas vem crescendo – admite.
Leia mais
Ortopé vende meio milhão de pares de tênis com rodinhas em um ano
Natura oferece R$ 3,67 bi por marca britânica que chegou ao Brasil via RS
Empresa gaúcha vendeu parte do negócio e conquistou mercado europeu
Com equipamentos ociosos, a Sagoo fabrica pingentes de metal e fivelas de coleira. Prospectou fornecedores chineses, mas avaliou que há muita oferta e resolveu concorrer em outro nicho. Estuda ainda produzir coleiras com GPS.
– Queremos colocar mais trabalho na fábrica. Abrir um negócio nessa época de crise é arriscado, mas estamos fazendo com os pés no chão – afirma.
O Grupo Mundial segue sob controle acionário de Michel Ceitlin. Em 2016, faturou R$ 560 milhões e, para este ano, projeta crescimento entre 18% e 19%, para algo em torno de R$ 665 milhões. E tem boas perspectivas, diz Nunes:
– Depois da reestruturação, nos últimos oito a nove meses, a Eberle voltou a dar resultados positivos.