Depois de quatro grandes instituições financeiras e do Banco Central, um novo indicador aponta PIB positivo no primeiro trimestre deste ano. É o monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas, que indica crescimento de 1,19% em relação ao período de três meses anteriores. Outra vez, é a primeira variação positiva depois de oito trimestres consecutivos negativos – os longos dois anos de recessão no Brasil. Em relação a igual trimestre do ano anterior, porém, o monitor da FGV ainda apresenta queda de 0,2%. Essa, por sua vez, é a menos negativa desde o trimestre móvel terminado em maio de 2014.
Mais complexo do que o IBC-Br do Banco Central, o monitor tem dados mais alinhados aos do PIB, pesquisado e divulgado pelo IBGE. O consumo das famílias recuou 2,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Conforme a fundação, depois do pior resultado em janeiro de 2016 (-7,1%), esse dado vem se recuperando progressivamente.
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Outro indicador muito observado, que sinaliza o comportamento do investimento, medido pelo quesito chamado formação bruta de capital fixo (FBCF), ainda mostra contração severa, de 4,2% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. O que mais contribuiu para esse desempenho negativo foi o segmento da construção civil, que recuou 4,5 pontos percentuais no primeiro trimestre. Em compensação, a área de máquinas e equipamentos marca reação, avançando 2,8%.