Pouco antes de desembarcar em Porto Alegre para participar da inauguração da revenda Le Monde, com origem em Santa Catarina – investimento de R$ 6 milhões –, o diretor-geral da Citroën no Brasil, Paulo Solti, conversou com a coluna. Um dos focos da presença de Solti na capital gaúcha é recuperar a posição que esse mercado já teve para a marca. Conforme o executivo, pelos dados de 2016, o peso das vendas na cidade equivale a cerca de 6% do total nacional, mas já foi maior: em 2005, estava em torno de 10%.
– A gente entende que o mercado de Porto Alegre pode e vai crescer, com a economia retomando sua dinâmica normal. É uma grande oportunidade.
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Na avaliação do executivo, o mercado automotivo passou por uma "depressão muito grande" durante a crise no Brasil – no ano passado, a queda acumulada nas vendas foi de 26,4%.
– Espero que tenhamos batido no fundo do poço. Nossa expectativa é de que a recuperação comece no segundo semestre, embora o mercado como um todo não vá atingir o volume de venda do passado a curto prazo, talvez no futuro, em uns quatro ou cinco anos. Antes de 2021 ou 2022, não deve ultrapassar a barreira das 3 milhões de unidades.
Um dos motores que a empresa pretende acionar para contribuir com essa reação são as novidades: o plano da Citroën é lançar um carro novo por ano nos próximos anos. Um "exemplo perfeito" do que a marca pretende, relatou, é o C4 Picasso (foto).
Conforme Solti, o Rio Grande do Sul é um dos maiores mercados de veículos familiares do país, e essa adaptação ao mercado local é percebida nas vendas, afirma.
O objetivo da marca, adianta, é mais do que dobrar a atual participação no mercado nacional, que no ano passado foi de 1,3%, para 3% até 2019. Para este ano, a expectativa é fechar com fatia entre 1,4% e 1,5%.
– Esse é o começo da retomada – avalia.
Com 117 pontos de venda no Brasil, a Citroën foi a primeira marca a resgatar as vendas pela internet, no final do ano passado, relata Solti:
– Em três cliques, o cliente pode comprar o carro.