A confirmação da modesta – para a ambição americana, motivo de inveja no Brasil – alta de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre não deve alterar as projeções de alta do juro no país neste ano. É bom lembrar que essa variação leva em conta o quarto trimestre de 2015 em relação ao do ano passado. No Brasil, embora existam as duas formas de comparar, há tendência de focar a variação frente ao trimestre imediatamente anterior, por ser uma economia mais instável.
Essa foi a segunda estimativa realizada pelo Departamento do Comércio para o período e não apresentou alteração em relação à inicial. Há certo consenso entre os economistas que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deverá elevar o juro de referência duas vezes neste ano. A maioria das apostas se concentra em uma alta em em junho e outra em dezembro.
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Como tudo no futuro da economia americana sob Donald Trump é uma incógnica, há controvérsias: no mesmo dia, o representante da Filadélfia no Fed, Patrick Harker, avaliou que o mais correto seria esperar três altas na taxa básica para 2017. Com o PIB mais murchinho do que apontava o terceiro trimestre, é possível que Harker tenha de reavaliar as próprias palavras.