No gelado mar da cerveja, o maior engole o menor, como mostra a compra da Brasil Kirin pela Heineken. Presente em mais de 190 países, a gigante holandesa abocanhou a dona das marcas Schin, Eisenbahn e Devassa por aproximadamente R$ 2,2 bilhões.
Se aprovado por órgãos reguladores, o acordo colocará a Heineken no posto de segunda maior cervejeira no país, com participação de quase 19% do mercado. A líder é a Ambev, dona de marcas como Brahma, Skol e Antarctica, com mais de 65%
Das 12 fábricas da Brasil Kirin, uma fica no Rio Grande do Sul, em Igrejinha. A empresa é um braço do grupo japonês Kirin Holdings, que adquiriu a Schincariol por R$ 3,95 bilhões em 2011. Na maré de compra e venda, os orientais devem ter tido alguma ressaca: perderam R$ 1,75 bilhão.
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A Brasil Kirin encerrou o ano passado com lucro de R$ 247 milhões, revertendo prejuízo de 2015. Mesmo assim, o grupo japonês justificou a venda com os "riscos" da economia do país, afirmando que seria difícil transformar a divisão brasileira em uma atividade "rentável e sustentável".
Pelo visto, o mar da cerveja não está para peixe pequeno.