No dia em que o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem informando que o o governo estudaria criar um mecanismo para restringir o número de trabalhadores que podem sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) das contas inativas até dezembro de 2015, o governo se apressou em confirmar que haverá liberação total dos saldos que preencherem o requisito anunciado em dezembro.
Pelo Twitter, primeiro foi o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que mandou o recado: "FGTS Saque das Contas Inativas - das alternativas propostas pela CEF o Presidente confirmou liberar todo o saldo da conta".
Pouco tempo depois, a conta do presidente Michel Temer reiterou: "Quero declarar que não houve nenhuma modificação no saque do FGTS. Quem tiver dinheiro em contas inativadas, vai sacá-las por inteiro".
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O que teria feito a Caixa recomendar algum tipo de restrição teria sido o fato de que 2% das contas que estariam incluídas na medida concentrarem um volume muito expressivo de recursos. A promessa do governo é anunciar até fevereiro – ou seja, dentro de 12 dias – o calendário para a liberação.
Às vésperas do Natal, no dia 22 de dezembro, o governo federal surpreendeu ao anunciar a liberação integral dos recursos dessas contas. Até então, o que se cogitava era a permissão para saques entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. Nas contas prévias do Planalto, seriam beneficiados 10,5 milhões de pessoas e retornariam a circular na economia cerca de R$ 30 bilhões que estão em contas com remuneração anual de 3% mais TR, menos da metade do que paga a poupança que, por sua vez, perde para a inflação.