A proposta de minirreforma trabalhista, anunciada pelo governo na quinta-feira, agradou a entidades do comércio gaúcho. À coluna, CDL-PoA e Sindilojas Porto Alegre avaliam de maneira positiva especialmente uma das medidas em debate: a permissão para que as negociações diretas entre empresas e sindicatos se sobreponham à legislação em pontos como parcelamento de férias e intervalo interjornada.
– O comércio, principalmente em shoppings, vende muito aos sábados e domingos. Mais pessoas poderão trabalhar no segmento – projeta o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse.
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Para o presidente da CDL-PoA, Alcides Debus, a medida, se aprovada, dará "mais coragem" para varejistas investirem. A exemplo de Kruse, Debus elogia ainda a liberação do saque integral de contas inativas do FGTS. A estimativa do governo é de que o projeto despeje R$ 30 bilhões na economia nacional.
– Em um país em crise, é muito dinheiro. Boa parte irá para o consumo, apesar de haver pessoas que pagarão dívidas – aponta Debus.
A Federasul, que representa associações comerciais e de serviços, endossa o coro. Em nota, classifica as propostas do governo como "novo ânimo" para a economia. A entidade comenta que a minirreforma trabalhista poderá atualizar a legislação e a liberação do FGTS será "importante para o varejo".